quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

HISTÓRIA DO REINO ODRÍSIO - Parte III

Os Odrísios sob a Hegemonia da Macedônia
Alexandre, o Grande, sucessor de Filipe II, sufoca a rebelião da Trácia, ganhando a submissão de todas as tribos que tornam-se parte do império grego. A fronteira trácia tradicional com a Macedônia vai desde o rio Struma até o rio Mesta. Tropas trácias acompanham Alexandre quando ele cruza o Helesponto, que liga a Trácia à Ásia Menor, em sua campanha contra o Império Persa. O rei trácio Seutes III parece reter o seu trono, mas provavelmente apenas como um rei cliente sob o domínio macedônio.
Os trácios enfrentando os macedônios de Alexandre, o Grande.

Não obstante, entre 325 e 313 a.C., Seutes funda uma cidade helenística chamado Seutópolis (Seuthopolis) sobre o local de um estabelecimento existente, que serve como sua nova capital. Ele está localizado perto de Kazanlak, na Província de Stara Zagora onde é hoje a Bulgária central. É a única cidade construída na Trácia pelos nativos, além do palácio real na montanha Gora Sredna. Infelizmente, as ruínas de Seutópolis agora estão no fundo do reservatório Koprinka. Zopírion, um grego, é nomeado sátrapa (governador) da Trácia e do Ponto, e pode-se supor que, embora as informações para confirmá-la parecem ter sido perdidas, os gregos permaneçam firmemente no comando da Trácia como indica a sucessão de  Zopírion por Neoptolomeu e, depois, por Lisímaco.
Ruínas de uma torre de uma fortaleza odrísia em Kozi Gramadi na Bulgária
Esse se tornou rei macedônio da Trácia e um dos partilhadores do império de Alexandre Magno após sua morte em 323 a.C. Seutes mantém sua posição em uma base de partilha de poder com Lisímaco.  O cogoverno macedônico-odrísio da Trácia, possivelmente, chega ao fim após a morte de Seutes III em 300 a.C. O trono odrísio pode ter ficado vago por mais duas décadas ou mais, enquanto Lisímaco controla a região diretamente. Uma possibilidade alternativa é que um reino odrísio vassalo tenha continuado, mas dividindo em dois sob o domínio macedônio.

A Invasão dos Celtas
Em 281 a.C., Lisímaco morre na batalha em Corupédio contra o Império Selêucida. Sua morte parece pavimentar o caminho para uma restauração do Reino Odrísio na Trácia. Embora os detalhes não estejam disponíveis para a morte de Cotis II (300-280 a.C.), depois dela se desencadeia uma crise na Trácia, onde parece que vários líderes disputam a hegemonia. Em 278-277, a Grécia ainda está sofrendo com a invasão dos celtas (especificamente, os gauleses ou gálatas). Eles são derrotados por uma força liderada pelos etólios nas Termópilas e em Delfos em 278, e, em seguida, sofrem uma derrota esmagadora nas mãos de Antígono II, macedônio soberano de muitas terras na Grécia em 277 a.C. Os celtas retiram-se da Grécia para atravessar a Trácia visando entrar na Ásia Menor, onde fundam o reino da Galácia. Antígono II assume o trono da Macedônia e associa a Trácia ao seu reino. No leste da Trácia, um reino gaulês em Tilis é formado por celtas, enquanto grandes áreas de Trácia são atraídas para o reformado Reino Odrísio. Embora, provavelmente, ainda sujeita à Macedônia, a região se recupera a um certo nível de sua antiga independência em termos de assuntos internos.
As Invasões Gálatas (Célticas)

A Restauração do Reino Odrísio da Trácia
Algumas fontes dão uma pausa de cerca de vinte anos entre a morte do último dos reis odrísios e restauração do reino sob Odroes em cerca de 280 a.C. Por esse tempo o império de Lisímaco fundiu-se com o reino da Macedônia e o domínio grego era muito menos imediato. Isto permitiu que os trácios recuperassem alguma independência, embora possam ainda ter pago lealdade nominal aos reis da Macedônia. Além disso eles tinham perdido terras do leste da Trácia para reino céltico de Tilis. Outras versões mantêm a continuidade da Seutes III (c.341-300 a.C.) e fornecem uma série completamente diferente de nomes. Isso pode ser devido à existência de um reino trácio rival , mas é difícil dizer. Detalhes sobre o todo da Trácia são muito escassos para este período. Em 273 a.C., os celtas invadem a Trácia novamente, engolfando o reino trácio e forçando a aristocracia fugir para as colônias gregas costeiras do Mar Negro. Em 214, os trácios expulsam o reino céltico da Grécia e restauram completamente o governo trácio. A Trácia parece ser independente em todos os sentidos neste momento, apesar de haver dispustas entre os régulos. Isso pode dar a Pleurato a oportunidade de proclamar-se, ou ser proclamado, rei, talvez em oposição ao Seutes IV.  Pleurato ataca acidade de Tilis (212 a.C.), destruindo-a e expulsando o último dos reis celtas da Trácia. Tilis é hoje a vila búlgara de Tulovo, em Stara Zagora.
Os trácios (thracians) no contexto de 218 a.C.


FONTES:
http://www.thracian.info
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A1cia
http://www.patriotii-moldovei.narod.ru/EN/History_/Thracians/
http://www.flickr.com/photos/ancientgreekmapsandmore/2132948329/
http://www.historyfiles.co.uk/KingListsEurope/GreeceTrácia.htm
http://mentalprey.deviantart.com/art/Rhodope-Mountain-BG-161475188

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